domingo, 22 de setembro de 2013

Por que alguns professores brigam com a tecnologia?

Especialista acredita que alunos precisam ser pacientes com inabilidade dos professores, mas que naturalmente se sentem frustrados quando escola não acompanha a tecnologia.
 CARMEN GUERREIRO

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Mesmo com o crescimento exponencial da educação a distância, muitos professores continuam sendo incompatíveis com a tecnologia na sala de aula. Ainda mais se isso significar mais trabalho e adquirir habilidades que exigem tempo e dinheiro, sem uma contrapartida da instituição em que atuam. De outro lado, os alunos estão imersos desde a infância na tecnologia e esperam que suas escolas e universidades façam parte dessa realidade digital.

Como resolver esse dilema? Em entrevista exclusiva para o 
Guias, o cientista e filósofo Rob Kadel, do Centro de Pesquisas de Aprendizagem Online e Rede de Inovação da Pearson EUA e professor na Universidade de Colorado, fala sobre as perspectivas em relação a esse impasse. Para ele, embora os estudantes tenham que ser mais compreensivos com a falta de familiaridade tecnológica de muitos professores, é inevitável que eles se sintam frustrados quando as instituições não estão inseridas no mundo digital.

Confira a seguir a segunda parte da entrevista (a primeira, sobre o futuro da EAD, você lê aqui).

Você vê certa resistência do tradicionalismo acadêmico às novas tecnologias?
Tem alguma resistência, porque algumas pesquisas mostraram que muitos professores acham que as tecnologias são uma distração ou um lugar para o cyberbullying. Mas eu acho que é menos resistência e mais hesitação e relutância, porque eles estão incertos sobre como usar essas ferramentas e qual é o valor delas. Eles não sabem se vão aprender a usá-las, e de qualquer forma é um investimento de tempo e dinheiro. E além de eles serem mal pagos, é mais uma coisa que vão pedir para acumularem nas suas funções.