Três décadas após a adoção pela ONU da inovadora Convenção contra
a Tortura, governos ao redor do mundo atrasam seus compromissos de acabar
com esta prática cruel, desumana e degradante.
Há décadas, a Anistia Internacional expõe governos que praticam
tortura e apoia sobreviventes em sua luta por justiça. Tivemos muitos casos de
sucesso, inclusive o momento histórico, em 1984, quando a ONU aprovou a
Convenção contra a Tortura – um passo inovador no sentido de tornar a proibição
global da tortura uma realidade.
No aniversário de 30
anos da Convenção, a Anistia Internacional lançou a campanha global Chega
de Tortura, que chama a atenção para a persistência dessa prática, mesmo
após três décadas do compromisso firmado na ONU. Hoje, muitos Estados têm leis
nacionais anti-tortura. No entanto, os casos de violação têm se multiplicado
porque governos estão ignorando a lei e os compromissos que assumiram.
Ao longo dos últimos
cinco anos, a Anistia Internacional tem pesquisado e divulgado informações
sobre tortura em pelo menos três quartos do mundo – 141 países, de todas as
regiões. No início de 2014, uma pesquisa
global da Anistia Internacional revelou
que quase metade da população mundial teme um dia ser torturada. No Brasil,
este índice chega a 80%.
Milhões de pessoas ao
redor do mundo estão se unindo para acabar com esta prática.
Vamos nos colocar entre
o torturador e o torturado, nos posicionando dentro desses sistemas que estão
falhando em proteger as pessoas. Como? Garantindo que os detidos tenham contato
com suas famílias e com um advogado; que médicos estejam à disposição para
examinar os presos de forma adequada; que confissões obtidas sob tortura não
sejam consideradas evidências; e que qualquer pessoa envolvida em tortura seja
levada à justiça.
Não podemos fazer isso
sozinhos. Precisamos de você para se juntar a nós, e ficar entre os
torturadores e os torturados.
Fonte: Anistia Internacional