sábado, 1 de novembro de 2014

Mês da Consciência Negra

A cada duas horas, sete jovens negros são assassinados no Brasil

Novembro é o mês da Consciência Negra e muito precisa ser debatido sobre o tema. A questão da violência contra os negros, por exemplo, precisa ser pauta constante para desconstruir o racismo e por fim ao genocídio da juventude negra no Brasil. 
Dados preocupantes revelam que, a cada duas horas, sete jovens negros são assassinados no país. Os dados fazem parte do Mapa da Violência(link is external), pesquisa realizada pelo sociólogo Julio Jacobo Weiselfisz, baseada em dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.  
De acordo com a pesquisa, são 82 jovens mortos por dia, 30 mil por ano, todos com idades de 15 a 29 anos. Entre os jovens assassinados, 77% são negros, e 93,30% deles são do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. 
Impossível não se preocupar com as estatísticas. O Mapa da Violência revela que o número de homicídios da população branca diminuiu, enquanto o número de vítimas na população negra aumentou expressivamente. Entre os brancos, no conjunto da população, o número de vítimas diminui de 19.846 em 2002 para 14.928 em 2012, o que representa uma queda de 24,8%. Já o número de vítimas entre os negros aumentou de 29.656 para 41.127 no mesmo período, um crescimento de 38,7%. 

O Mapa da Violência mostra ainda as taxas de homicídio por raça, cor e por diferencial juvenil. Na população total, as taxas brancas caem 23,8%, enquanto as negras aumentam 7,1%. A vitimização negra nesse quesito passa de 78% em 2002 para 151% em 2012, representando um aumento de 92.6%. 

Para colocar em evidência as altas taxas de mortes de jovens negros no país e cobrar ações concretas de enfrentamento do problema, a Anistia Internacional lançou neste domingo (9) a campanha “Jovem Negro Vivo(link is external)”. A iniciativa convida a sociedade a se mobilizar sobre o problema e assinar o manifesto “Queremos ver os jovens vivos(link is external)”, que defende o direito a uma vida livre de violência e preconceito. A campanha pede ainda mais políticas públicas de segurança, cultura, educação e saúde para enfrentar a caótica situação de violência contra os jovens negros.
Fonte: Muda Mais

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