Novembro é o mês da
Consciência Negra e
muito precisa ser debatido sobre o tema. A questão da violência contra os
negros, por exemplo, precisa ser pauta constante para desconstruir o racismo e
por fim ao genocídio da juventude negra no Brasil.
Dados preocupantes
revelam que, a cada duas horas, sete jovens negros são assassinados no país. Os
dados fazem parte do Mapa da Violência,
pesquisa realizada pelo sociólogo Julio Jacobo Weiselfisz, baseada em dados
oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.
De acordo com a
pesquisa, são 82 jovens mortos por dia, 30 mil por ano, todos com idades de 15
a 29 anos. Entre os jovens assassinados, 77% são negros, e 93,30% deles são do
sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros
urbanos.
Impossível não se
preocupar com as estatísticas. O Mapa da Violência revela que o número de
homicídios da população branca diminuiu, enquanto o número de vítimas na
população negra aumentou expressivamente. Entre os brancos, no conjunto da
população, o número de vítimas diminui de 19.846 em 2002 para 14.928 em 2012, o
que representa uma queda de 24,8%. Já o número de vítimas entre os negros
aumentou de 29.656 para 41.127 no mesmo período, um crescimento de 38,7%.
O Mapa da Violência
mostra ainda as taxas de homicídio por raça, cor e por diferencial juvenil. Na
população total, as taxas brancas caem 23,8%, enquanto as negras aumentam 7,1%.
A vitimização negra nesse quesito passa de 78% em 2002 para 151% em 2012,
representando um aumento de 92.6%.
Para colocar em
evidência as altas taxas de mortes de jovens negros no país e cobrar ações
concretas de enfrentamento do problema, a Anistia Internacional lançou neste
domingo (9) a campanha “Jovem Negro Vivo”.
A iniciativa convida a sociedade a se mobilizar sobre o problema e assinar o
manifesto “Queremos ver os jovens vivos”,
que defende o direito a uma vida livre de violência e preconceito. A campanha
pede ainda mais políticas públicas de segurança, cultura, educação e saúde para
enfrentar a caótica situação de violência contra os jovens negros.
Fonte: Muda Mais
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Günter